Motoristas rodoviários resolveram “colocar a boca no trombone” e denunciar a atual situação em que se encontram as linhas de ônibus do município de Extremoz, cuja concessão e monopólio pertence à empresa Oceano.

Não é de hoje que todas as linhas apresentam problemas como ônibus sucateados, superlotação, baixa frequência de saída do terminal elevando o tempo de espera principalmente nos feriados, atrasos constantes entre outros.

Porém, o Brasil passa por uma pandemia global devido ao coronavírus e a principal orientação para evitar o contágio é o distanciamento social, o que antes não era possível dentro dos ônibus hoje em dia também não é.

Em paralelo à diminuição de passageiros as empresas de ônibus também reduziram suas frotas, o principal problema é que a frota existente hoje no município de Extremoz não é suficiente para a quantidade de passageiros que continuam trabalhando.

Isso não permite que haja um distanciamento dentro dos ônibus, pessoas em pé, muito próximas umas das outras, tudo que não é recomendado nesse momento e foi esse o motivo que levou os rodoviários a se manifestarem.

Além do risco da contaminação entre os passageiros os motoristas também estão vulneráveis, a categoria que já sofre desde abril com o desemprego, pois muitos motoristas foram demitidos, aqueles que ficaram ainda correm um alto risco de contágio.

Na linha 120, por exemplo, antes da pandemia a frota era composta por 7 veículos, 4 via Estátua do Grude e 3 via Central Parque Clube, logo após o início dos decretos para prevenção ao covid-19 ficaram 4 veículos 02 para cada rota na semana.

Atualmente durante os dias úteis e o sábado a linha possui 2 ônibus operando, um para cada itinerário e não funciona aos domingos e feriados como antes também não acontecia.

A linha 121 dispõe de 3 veículos durante a semana e agora não opera mais nos domingos e feriados, a única linha que possui a maior frota é a 122 durante a semana, nos domingos e feriado são apenas 2 ônibus operando e com uma rota mais extensa, saindo do Sport Clube.

Em entrevista a rádio 87,9 um dos motoristas que é morador de Extremoz pediu que a população abra o olho e fiscalize, também disse que espera do MP (Ministério Público), DER (Departamento de Estradas e Rodagens) e da Prefeitura de Extremoz uma atitude para resolver o problema.

 

 

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