Motoristas de ônibus fizeram uma paralisação do serviço final da manhã desta sexta-feira (5), em Natal, em protesto contra o anúncio feito pela Secretaria de Mobilidade Urbana de mudanças feitas em 15 linhas para acréscimo de 30% de viagens nos horários de pico do transporte público da capital.
O sindicato que representa a categoria afirma que a medida também teria que ter sido discutida com a classe, já que envolve mudança de horários. Ainda de acordo com o sindicato, os trabalhadores estão sobrecarregado, fazendo dupla jornada.
“A STTU sentou com empresários, sentou com todas as entidades, menos com a gente. É um ato desrespeitoso. Nós fazemos o sistema. Os motoristas também estão correndo risco de morte. Essa mudança de horário não resolve”, afirmou Júnior Rodoviário, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários.
Em nota, a STTU afirmou que a decisão não altera em anda a jornada de trabalho dos operadores do sistema, já que se trata de um remanejamento.
“A Secretaria espera que o presidente do Sintro tenha a sensibilidade que o momento exige no sentido de não realizar novas paralisações do sistema que causam transtornos e prejuízos para os usuários do sistema”, afirmou na nota.
A Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal anunciou nesta quinta-feira (4) que vai aumentar o número de viagens realizadas por 15 linhas nos horários de pico, para tentar reduzir as aglomerações de passageiros durante a pandemia da Covid-19.
Com o aumento de casos da doença e superlotação dos leitos no estado, passageiros passaram a temer ainda mais a contaminação nos ônibus lotados.
A STTU anunciou nesta quinta-feira (4) que o município vai fazer a “reformulação imediata” de 30% das ordens de serviço em operação, determinando acréscimo de 30% no número de viagens nos horários de pico, entre 6h e 7h e 17h e 18h. As medidas atingem pelo menos 15 linhas.
O aumento, no entanto, não envolve mais ônibus e trabalhadores na frota – as viagens serão remanejadas de outros horários de baixa demanda.