Após o aumento no preço do óleo diesel, anunciado pela Petrobrás na última quinta-feira (10/3), as empresas de transporte público de Natal e de atuação intermunicipal estão avaliando novas medidas para, segundo elas, reduzir os custos.
A Fetronor (Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Nordeste) e o SETURN (Sindicato das Empresas dos Transportes Urbanos) avaliam inclusive reduzir a frota de ônibus.
Na capital potiguar a frota já está reduzida em 10%, assim como a frota de intermunicipais que é bem mais reduzida desde o início da pandemia até os dias atuais.
A Fetronor e o SETURN já estão buscando soluções junto ao Poder Público, com a justificativa de que os custos atuais com combustível prejudicam a operação das linhas em Natal e no RN.
As empresas do transporte público de Natal também alegam aumento de 10% nos custos por conta do diesel.
O Seturn disse que cobrou à Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal (STTU) e à prefeitura nesta segunda-feira (14) uma forma de compensar esse aumento nos custos, também solicitando subsídios ou reajuste de tarifas à prefeitura.
O Governo do RN afirma que desde 2020, em virtude da pandemia, concedeu benefícios para viabilizar a atuação e no fim de 2021 prorrogou por mais um ano a isenção de ICMS sobre o óleo diesel adquirido pelas empresas que operam na região metropolitana e um desconto de 80% sobre o mesmo imposto no caso do transporte intermunicipal.
O governo do RN ressalta ainda que os benefícios já concedidos para as empresas representam uma renúncia fiscal, por parte do estado, que ultrapassa R$ 5,5 milhões por ano.
Entre outras medidas apresentadas pelas entidades estão o aumento da tarifa ou o Poder Público subsidiar parte da operação ou ceder óleo diesel às empresas.
O consultor técnico do Seturn, Nilson Queiroga, afirmou que “Parte do sistema de Natal vai ter que parar. As linhas mais deficitárias as empresas vão ter que devolver à STTU. As empresas não podem esperar por promessas de decisões. A qualquer dia, momento [podem parar]”