A CME (Câmara Municipal de Extremoz) rejeitou por 5 votos a 2 uma representação realizada por um morador de Extremoz contra o vereador e atual vice-presidente da CME, Anderson Barbosa.

Na representação, o estudante Eduardo Augusto solicita uma abertura de investigação contra o vereador por suposto esquema de rachadinha.

Rachadinha é a prática de corrupção caracterizada pelo repasse de parte dos salários de assessores para o parlamentar ou secretário a partir de um acordo pré-estabelecido ou como exigência para a função.

De acordo com o pedido protocolado, o vereador teria se utilizado do vínculo de amizade, aproximação política e influência com a atual prefeita Jussara Sales para indicação de pessoas para diversos cargos no município.

Uma das indicadas foi a Srª Kayonara Kelly para exercer o cargo de Diretora Geral do Hospital Café Filho, ela foi nomeada no dia 26 de fevereiro pela prefeita Jussara Sales.

Ele também teria indicado a Srª Eliane Pinheiro para compor o corpo técnico do hospital, atuando como Assistente Social.

Ainda conforme o texto da denúncia, o vereador e a diretora Kayonara haviam chamado a Srª Eliani Pinheiro para uma conversa reservada, onde, ela foi informada que deveria devolver a quantia de R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês, para “ajudar a manter o mandato”.

Informaram ainda à Srª Eliani que o valor seria utilizado para pagamento de água, luz, compra de botijão de gás e contribuições de eventos para os eleitores que procurassem o vereador, neste período ele estava licenciado e exercia a função de Secretário de Educação.

A denúncia segue afirmando que os pagamentos deveriam ser realizados via PIX para a conta pessoal da Srª Kayonara, o que teria ocorrido durante dois meses.

Os comprovantes das transferência realizadas foram anexados na denúncia. Após esse período os denunciados determinaram que os pagamentos fossem realizados em mãos.

Ainda de acordo com a denúncia essa mudança teria ocorrido em razão da insatisfação de outros funcionários, que também realizavam a transferência de valores e estavam espalhando a prática ilícita.

Insatisfeita com a determinação, a Srª Eliani Pinheiro teria se negado a continuar efetuando as “contribuições”, após isso começou a ser perseguida e foi exonerada do cargo.

Ela ainda teria sido coagida pelo vereador através de uma ligação a enviar um áudio para a então diretora do hospital, simulando que os valores transferidos via PIX nos dois primeiros meses eram oriundos de um empréstimo pessoal.

A Srª Eliani Pinheiro assina ainda uma carta reconhecida em cartório, onde afirma que todas as acusações são verdadeiras.

Votaram contra a abertura da investigação os vereadores Ricardo Caridade, Alexandre Ramalho, Michelle Gois, Alyson Kleyton e Tatiany Oliveira.

Votam pela admissibilidade da denúncia os vereadores Rilder Jordão e Kilter Harmistrong. Os vereadores Rafael Correia e Fábio Vicente não estavam presentes.

Após o último voto dado pelo vereador Alexandre Ramalho, a Srª Eliani Pinheiro que estava no plenário começa a falar, mas o áudio da sessão é cortado e em seguida a sessão é encerrada.

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