Duas faixas do programa habitacional MCMV (Minha Casa Minha Vida) do Governo Federal estão sem repasses e os financiamentos estão suspensas há 10 dias.

As faixas 1,5 e 2 do programa são as que estão suspensas, em ambas 90% dos subsídios são originados do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e 10% do OGU, ou seja, do Tesouro Nacional.

O motivo da falta de repasse para as duas faixas é que o valor dos recursos do OGU (Orçamento Geral da União) prevista para o mês acabou, R$ 50 milhões no total.

Com o fim dos recursos disponibilizados pela União os financiamentos são automaticamente suspensos, assim como aconteceu em junho de 2019.

Além de atrasar a formalização de contratos de quem já está com financiamento aprovado aguardando apenas assinar e receber as chaves, a suspensão dos repasses gera uma série de outros impactos negativos.

Em Extremoz, por exemplo, a suspensão afeta diretamente a área financeira do município uma vez que as taxas deixam de serem pagas e a arrecadação do município cai.

O problema da falta de recursos também atinge outras três áreas: corretores, correspondentes bancários e construtores, afetando diretamente emprego e renda.

Alguns construtores já pensam em paralisar as obras e dispensar trabalhadores, que sustentam suas famílias através dessa fonte de renda, assim como aconteceu em 2019.

O setor de construção civil perdeu 46.886 vagas formais em 2019, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério da Economia.

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