Em menos de um mês, dois casos de bebês natimortos, ou seja, nascidos sem sinal de vida, por negligência médica são relatados em Extremoz e causa preocupação em gestantes e sociedade em geral.

O primeiro caso foi relatado por Emanuelly Caroline no último dia 5 de agosto, em uma rede social ela faz um alerta para quem precisa fazer transferência entre o Hospital Café Filho em Extremoz e outro hospital.

Em seguida ela inicia seu relato afirmando que estava com  38 semanas e 06 dias de gestão, na reta final da gravidez, quando foi diagnosticada com pressão alta.

Ela fazia o pré-natal regularmente e utilizava medicamento para controlar a pressão, até que a médica que realiza o pré-natal orientou que com 38 semanas ela finalizasse a gestação, em virtude da pressão alta.

Então no dia 28 de julho, quinta-feira, ela procurou o Hospital Café Filho e solicitou a regulação da transferência para o Hospital Santa Catarina, mas o médico que a atendeu negou a transferência pelo fato de que, no momento da consulta, a pressão estava normal.

Já com cólicas, a paciente solicitou passar por outro médico, que por sua vez também negou a transferência afirmando que pressão alta não era motivo, determinou que ela fosse para casa e receitou um remédio para cólica.

Na segunda-feira, 1º de agosto, ela retornou ao hospital e outra médica lhe atendeu, a colocando as pressas em uma ambulância para o Santa Catarina, porém, infelizmente era tarde de mais.

A criança chegou ao Hospital Santa Catarina já sem vida. Emanuelly Caroline afirma que vai processar o hospital.

Agora familiares de outra mulher chamada Thais da Silva também relataram em redes sociais o drama de perder um bebê por falta de assistência médica em tempo hábil.

De acordo com o relato feito pela mãe de Thais, ela estava com 38 semanas e 2 dias de gestação, foi ao hospital pela manhã do dia 18 de agosto sentindo muitas dores e contrações, foi examinada e recebeu a orientação de voltar para casa.

As dores e contrações aumentaram e novamente Thais retornou ao hospital, mais uma vez ela foi examinada e a médica de plantão orientou que ela aguardasse do lado de fora do hospital.

As dores foram aumentando cada vez mais e após muita insistência dos familiares foi determinada a transferência da paciente para um hospital em Macaíba.

A família relata que dentro da ambulância ela já estava em trabalho de parto, gritando bastante e dentro da mesma ambulância ainda havia outro paciente para o Walfredo Gurgel.

Thais chegou ao hospital de Macaíba para realização do parto e foi submetida a uma cesariana de alto risco, mas, infelizmente, também já era tarde demais, o bebê já estava sem vida.

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