O Ministério da Defesa enviou nesta quarta-feira, 9 de novembro, o relatório de fiscalização do sistema eletrônico de votação na eleição deste ano.

De acordo com a pasta, o documento foi produzido por uma equipe composta por oficiais de carreira especialistas em gestão e operação de sistemas de tecnologia da informação; em engenharia de computação e de telecomunicações; em defesa cibernética; entre outras; e seguiu rigorosamente os parâmetros estabelecidos na Resolução nº 23.673, de 14 de dezembro de 2021, do TSE.

Assinado pelo Ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, o relatório afirma que “o Teste de Integridade, sem biometria, ocorreu em conformidade com o previsto.”

A conclusão também diz que “foi constatada, por amostragem, a conformidade entre os BU impressos e os dados disponibilizados pelo TSE.”

BU é a sigla utilizada para o Boletim de Urna, impresso após o fim da votação com todos os detalhes e quantidade de votos recebidos por cada candidato, assinado pelos mesários e pelos fiscais dos partidos.

Já o Teste de Integridade acontece há várias eleições, o processo consiste em uma espécie de batimento cujo objetivo é verificar se o voto depositado é o mesmo que será contabilizado pelo equipamento.

O Ministério da Defesa também afirma que todos os modelos de urnas, desde os modelos de 2009 até os modelos de 2020, usados neste pleito, participaram do Teste de Integridade.

Apesar de não apontar irregularidades, o relatório afirma que não foi possível uma análise técnica mais completa e recomendou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) promover uma análise minuciosa dos códigos binários que foram executados nas urnas.

Afirma também que não é possível confirmar que o software da urna está “isento de influência de um eventual código malicioso que possa alterar o seu funcionamento.”

RESPOSTA DO TSE 

Em uma nota oficial assinada pelo Ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, a Corte afirma que “recebeu com satisfação o relatório final do Ministério da Defesa, que, assim como todas as demais entidades fiscalizadoras, não apontou a existência de nenhuma fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022.”

Afirma também que as sugestões encaminhadas pela Defesa para aperfeiçoamento do sistema serão oportunamente analisadas.

“O TSE reafirma que as urnas eletrônicas são motivo de orgulho nacional, e que as Eleições de 2022 comprovam a eficácia, a lisura e a total transparência da apuração e da totalização dos votos.” finaliza a nota.

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