Ao longo da vida, todos podem passar por momentos de ansiedade, esgotamento, depressão, estresse, cansaço, inquietação, fobias, pânico, agressividades e outros sentimentos.

Criada em 2014, a Campanha Janeiro Branco tem a pretensão de conscientizar sobre os cuidados com a mente.

Para janeiro de 2022, em sua 9ª edição, ela faz um alerta: em tempos de prolongada pandemia e outras crises, o mundo pede Saúde Mental.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos últimos anos os quadros de doenças mentais vêm aumentando de maneira considerável, o que preocupa os profissionais da saúde.

Os idealizadores da Campanha Janeiro Branco pensaram em colocá-la neste mês por perceberem a intensa reflexão provocada para o ano que se inicia, como várias páginas em branco pela frente na vida de cada ser humano.

“Cuidar da saúde mental é de extrema importância e requer principalmente o autoconhecimento. Ao fazer isso, não estamos negligenciando o nosso eu, assim fica mais fácil lidar com o mundo à nossa volta”, diz Samara Ventura, 28, psicóloga e supervisora de Recursos Humanos da Proxxima Telecom.

Vale citar que, ainda de acordo com a OMS, a saúde compreende um estado completo de bem-estar físico, emocional e social e de qualidade de vida.

A reforma psiquiátrica, os avanços e os tabus que existem em torno do tema da saúde mental se destacam nas palavras da psicóloga Iara Medeiros, 26.

“Até pouco tempo atrás, qualquer pessoa que apresentasse qualquer desequilíbrio de ordem psicológica era segregada, colocada em hospícios e muito mais maltratada do que tratada. Depois da reforma psiquiátrica, mais pessoas começaram a se formar nessa área de psicologia, na área de saúde mental, psiquiatras, neurologistas, e esse assunto começou a fomentar mais discussões na nossa sociedade”, pontua Iara, que também atua como subgerente de Recursos Humanos da Proxxima Telecom.

Um estudo recente realizado pela FIOCRUZ em parceria com universidades revela dados alarmantes, enquanto 40% da população brasileira apresenta sentimentos frequentes de tristeza e de depressão, outros 50% da mesma população demonstram sentimentos de ansiedade e de nervosismo com frequência.

Uma pesquisa conduzida pelo UNICEF/Gallup mostrou que 22% dos adolescentes e jovens brasileiros de 15 a 24 anos se sentem deprimidos ou têm pouco interesse em ‘fazer coisas’.

“Se a angústia ou outros sintomas persistirem por muito tempo, não hesite em procurar um profissional de saúde mental. Assim como quando nós sentimos algumas dores nos nossos membros procuramos a medicina tradicional, é importante procurar um especialista que cuide da nossa mente. Não minimize sentimentos e emoções; o autocuidado é para a mente e para o corpo”, sublinha Samara Ventura.

“Com o advento da internet, muitas compreensões foram tomadas, e uma frase tomou muita voz, que é ‘tudo bem não estar bem’. E de fato a frase está correta. Porém não é suficiente compreender que não estar bem é normal e que todos nós passamos por problemas, mas entender qual é a intensidade e a frequência desse não estar bem, e quando perceber que isso tá afetando o seu dia a dia, procurar um profissional da área. A sua saúde psicológica e mental importa”, reitera Iara Medeiros.

site oficial da Campanha Janeiro Branco sugere 12 atitudes para um mundo com mais saúde mental, tais como: políticas públicas para a saúde mental, prática de exercícios físicos, práticas e hobbies terapêuticos, condições sociais dignas de existência, qualidade de vida, contato com a natureza, vínculos sociais profundos, autoconhecimento, abertura a novos conhecimentos, espiritualidade saudável, autonomia mental, sentidos próprios de vida.

Confira o vídeo de nossas psicólogas Samara Ventura e Iara Medeiros abaixo:

 

Sobre o autor

By Redator